O novo Qashqai chegou ao mercado português. Mas como se renovar quando estamos acostumados a ser o número um? O Nissan Qashqai, o campeão do segmento dos SUV compactos, deve no entanto enfrentar uma concorrência feroz. Para fazer frente aos rivais cada vez mais numerosos, a terceira geração do crossover japonês apresenta-se com um estilo totalmente renovado, mas não só!
O Nissan Qashqai é um predador, foi ele que dizimou os monovolumes. Para perceber a história é preciso voltar ao ano 2007, por esta altura os monovolumes dominavam o mercado, representando 30% das vendas, com destaque para o Renault Scenic. A Nissan surge com um novo modelo, uma mistura de géneros. O Qashqai tem as dimensões de um compacto e uma altura ao solo parecida a um todo-o-terreno. Esta era uma aposta ousada, criticada por muitos jornalistas. Com esta primeira geração do Qashqai, a Nissan estava longe de imaginar que iria criar um novo segmento… 14 anos, duas gerações e três milhões de unidades vendidas, toda a gente pensa e quer conduzir um SUV.
O sucesso do Qashqai foi imediato, tornando-se o líder incontestado da categoria. Como é costume, a resposta dos outros construtores não se fez esperar e a concorrência aumentou exponencialmente, obrigando-o a partilhar o protagonismo com o Volkswagen Tiguan e o Peugeot 3008.
Com sete anos de carreira, chegou a hora da segunda geração do Qashqai renovar-se, pois deixou tempo suficiente à concorrência de ripostar. O perigo vem não só os dois europeus já citados, mas também dos lados da Coreia com o moderno Hyundai Tucson.
O que há de novo com o Qashqai ?
A nova geração daquele que foi o líder dos crossovers é totalmente nova, com um novo estilo de contornos familiares e em linha com as mais recentes propostas do fabricante nipónico. Destaque para a grelha frontal V-motion e os faróis dianteiros LED. De perfil são as novas jantes de 20” a destacarem-se. Já na traseira são os faróis 3D que saltam à vista.
Com a utilização da nova plataforma CMF-C da aliança Renault- Nissan, o Qashqai cresceu por dentro e por fora. O comprimento cresceu 35mm agora com 4425mm, a largura cresceu 32mm, a altura 10mm e a distância entre eixos 20 mm, o que beneficia o espaço interior e a bagageira. Apesar de maior, o modelo japonês continua a ser um dos mais compactos do mercado. Destaque ainda para o acesso aos lugares traseiros facilitado pela abertura da porta a 85 graus, o que dá bastante jeito quando é necessário instalar uma cadeirinha de bebé, por exemplo.
Electrificar é a prioridade
Não foram apenas as cotas de habitabilidade a ganhar com a adoção da nova plataforma. O novo Qashqai emagreceu cerca de 60 quilos e conta com uma suspensão e direção totalmente revistas.
A terceira geração do Nissan Qashqai abdicou totalmente dos motores Diesel e contará apenas com motorizações electrificadas. A começar pelo bloco 1.3 DIG – T que surge associado a um sistema Mild-hybrid, aqui de 12 V com dois níveis de potência de 140 e 158 cv. A versão mais potente poderá ainda contar com a nova caixa de variação contínua CVT, semelhante à utilizada pela Toyota no Prius, mas aqui com um funcionamento mais agradável segundo a Nissan.
Lá mais para o fim do ano, vem juntar-se a nova motorização híbrida e-Power, onde o motor 1.5 a gasolina de 154 cv não está ligado ao eixo motriz e que assume apenas a função de gerador para alimentar o motor elétrico de 188 cv.
Mais tecnologia
Como tem sido usual quando um modelo se renova, a tecnologia assume um papel importante e o novo Qashqai não é exceção, oferecendo tecnologia para todos os gostos. Seja no campo do infoentretenimento, da conectividade, da segurança e das ajudas à condução.
Com o objetivo de reconquistar a liderança do segmento, o novo Nissan Qashqai não terá um híbrido plug-in, uma opção em que as vendas crescem de forma exponencial e que a maioria dos seus rivais já contam ou vão passar a contar. Estará a Nissan a desperdiçar uma oportunidade ? Só o tempo o dirá!
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