É verão! O sol convida-nos a conduzir de cabelos ao vento. Ah…como é bom conduzir um descapotável clássico. O problema é que os preços subiram bastante nos últimos anos. Felizmente, ainda é possível encontrar alguns a preços acessíveis. Eis 5 descapotáveis a menos de 10000 euros.
Mazda mx-5
Quando se fala de descapotáveis impossível passar ao lado do Mazda mx-5, o roadster mais vendido do mundo. A Mazda é uma marca à parte, que se destaca no panorama automóvel pelas suas opções um pouco contra a maré, atualmente quando a maioria dos construtores apostam nos motores elétricos, a Mazda mostra-nos que os motores de combustão ainda têm margem de manobra com os seus novos motores Skyactiv x .
Nos finais dos anos 80 a Mazda surpreende ao apresentar um descapotável popular à boa maneira dos roadsters ingleses dos anos 60. A inspiração é clara ao olharmos para a primeira geração do mx-5, este faz-nos de imediato lembrar um certo Lotus Elan, mas que importa o automóvel está perfeitamente conseguido. Vivo e com caráter não está aqui para dar primazia aos cronómetros, mas sim para oferecer-nos o charme dos passeios de cabelos ao vento. Ávido em sensações sentimos um real prazer ao seu volante, o seu comportamento na estrada deixa-nos sempre com um sorriso de orelha a orelha.
Apresentado no ano de 1989 com o único bloco motor 1.6 de 115 cv, o que chega perfeitamente dado o seu peso contido. O mx-5 vê mais tarde chegar o 1.8 de 130 cv, assim como a nova versão do 1.6 agora com 90 cv. O sucesso desta primeira geração é imediato, vendendo 100000 exemplares no primeiro ano de comercialização, o que é enorme para um descapotável.
Fiat Barchetta
Um vento de frescura surge quando em 1995, a Fiat apresenta um descapotável de 2 lugares com ares rétro e um charme irresistível. Este não é um veículo para desenrascar, indo buscar componentes aqui e ali de outros modelos da marca, pelo contrário o Fiat Barchetta foi objeto de um estudo sério de estilo, ganhando uma personalidade própria.
Para mais o seu motor é o melhor que a Fiat produzia na altura, um 4 cilindros de 1800 cm3 de cilindrada com 130 cv. É um tracção dianteira que oferece um bom comportamento e não despreza o espírito desportivo, a sua condução nunca é aborrecida. O interior ainda que apertado tem uma decoração cheia de referências aos anos 60. O Fiat Barchetta é uma boa alternativa ao mx-5 , o prazer está bem presente.
BMW série 3 (E30) Cabriolet
Este Série 3 (e30) é a primeira geração a oferecer uma versão descapotável de fábrica e não a versão do preparador BAUR. A BMW propõe assim um descapotável de linha pura e sem arco de segurança, por quem os conhecedores ficam de água na boca.
Nos primeiros dois anos apenas está disponível na versão 325i, com o 6 cilindros em linha tão querido à marca, de 170 cv. Mas este é muito caro, é então apresentado o “pequeno” 6 cilindros 320i e o desportivo M3 com 195 cv. Por fim o 318i com o seu modesto 4 cilindros de 115 cv, acabando por ser a versão mais vendida entre nós – Ahh! Malditos impostos!
Apesar do aumento de peso para reforçar a rigidez, este é talhado para a estrada sendo muito gratificante a conduzir, como os alemães da BMW sempre nos habituaram. Os acabamentos interiores não sendo comparáveis com os “premiums” atuais, para a época são bastante bons.
Se esta é a sua escolha é melhor não demorar, pois os preços começam a subir ultrapassando ligeiramente a fasquia dos 10000 euros nalguns casos . Para quem prefere um versão mais moderna, poderá optar pela geração seguinte, o E36 sensivelmente mais barato.
Audi Cabriolet
Com esta última geração do Audi 80 a marca quer reforçar a sua imagem séria e “premium”. Três anos após a berlina, a Audi surpreende ao apresentar o Audi Cabriolet com base no 80 coupé, mantendo as suas dimensões dimensões e prestações, este descapotável não tem arco de segurança transformando-o num belo cabriolet de 4 lugares.
Inicialmente proposto apenas com o 5 cilindros da casa, de 2.3 litros de cilindrada com 133cv. . Mais tarde é a vez dos 6 cilindros em V de 150 cv e 174 cv e ainda o 4 cilindros 2.0 de 115 cv como entrada de gama. Em 1995 surge o TDI de 90 cv fazendo os puristas bradar aos céus. Este Audi Cabriolet não é um desportivo, o que não o impede de ser um bom companheiro de viagem que privilegia o conforto. O seu charme reside na qualidade dos acabamentos.
Os preços não evoluíram muito, mas não vai tardar para que os colecionadores comecem a interessar-se por este modelo. Entre nós a versão mais frequente nos anúncios é o 1.9 TDI.
Peugeot 205 Cabriolet
No início dos anos 80, o grupo PSA atravessa graves problemas financeiros e precisa urgentemente de uma solução, vai apostar tudo num projeto de um citadino, surge então o peugeot 205 que se revelará uma aposta vencedora, pois em conjunto com o Citroën BX acabará por salvar o grupo da falência. A partir de 1983 a Peugeot encomenda a Pininfarina o estudo da versão descapotável do 205, pedindo-lhe para não desnaturar o desenho original do 205, apesar da presença do arco de segurança para aumentar a rigidez do conjunto o objetivo foi conseguido e o Peugeot 205 cabriolet apresenta uma linha elegante.
Será apenas em 1986 que a Peugeot revela o 205 Cabriolet ao público nas versões CT de 80 cv e o CTI que recupera o 1.6 do GTI de 115 cv, no seu primeiro ano de produção 9250 exemplares saem da fábrica, o que é bastante bom para este tipo de veículo. Ao longo da sua carreira vai sofrer algumas alterações ao nível das motorizações e o lançamento de algumas séries especiais para relançar as vendas como a Roland Garros, que apresenta uns acabamentos mais luxuosos. O Peugeot revela-se assim uma opção acessível para circular num descapotável.