Depois do 5, é a vez do 6 vir completar a gama eléctrica da Hyundai. A família IONIQ recebe mais um membro e desta vez não é um SUV, mas sim uma berlina. O IONIQ 6, é talvez um sinal de que as berlinas estão a preparar o seu regresso em força. Ainda não chegou e já dá muito que falar pelo seu estilo único. Vamos conhecê-lo.
Segundo os responsáveis da marca coreana, o design do IONIQ 6 tem como objetivo ser inteligente e sobretudo aerodinâmico. O que se traduz numa frente sóbria, num perfil original e numa traseira digamos um pouco desconcertante.
Mas que carro é este?
Esta tem sido a principal reacção da imprensa especializada ao descobrir pela primeira vez o IONIQ 6. Diretamente inspirado do Concept-car Prophety de 2020, o design futurista do Hyundai IONIQ 6 tem como principal objetivo maximizar a eficiência energética. Pelo que, a busca pelo melhor coeficiente aerodinâmico tornou-se quase uma obsessão.
Esta obsessão pela aerodinâmica é já história antiga na indústria automóvel. Os anos 30 viram surgir nos Estados-Unidos um novo conceito de design automóvel, chamado Streamliner.
É precisamente este movimento estilístico encarnado pelo Chrysler Airflow, que serviu de inspiração aos engenheiros coreanos para a execução do projeto IONIQ 6.
Tal como os seus antepassados americanos, os designers coreanos insistiram na simetria e simplicidade das linhas no IONIQ 6, explorando formas fluidas e aerodinâmicas que favorecem o seu coeficiente de penetração no ar. O que para um automóvel eléctrico assume um papel primordial na preservação da autonomia.
Com um Cx de apenas 0,21, o Hyundai IONIQ 6 anuncia uma autonomia que poderá chegar aos 614 Kms (WLTP).
Parece um Porsche
No geral, o perfil do IONIQ 6 é muito arredondado. A frente é dotada de linhas simples, onde se destaca a presença de cortinas móveis no pára-choques, que quando abertas servem para arrefecer a bateria.
Mas é na sua silhueta traseira que o IONIQ 6 se destaca e não passa despercebido. Devo confessar que a primeira vez que vi o novo IONIQ 6, este desde logo me fez pensar no Porsche 911, talvez pela presença do seu proeminente spoiler traseiro. Spoiler, que claro não está aí apenas para enfeitar, mas sim para estabilizar o IONIQ 6 a velocidades mais elevadas.
Temos de reconhecer que os coreanos fizeram um excelente trabalho, pois por incrível que pareça o IONIQ 6 partilha exatamente a mesma base técnica do IONIQ 5 e do “primo” Kia Ev6 — a plataforma E-GMP do grupo coreano. Sendo bem diferente dos dois modelos citados, o novo IONIQ 6 pode também beneficiar da sofisticada tecnológica de carregar a bateria a 400V ou a 800V.
Espaço que baste.
Com um comprimento total de 4,855 metros e apesar do seu formato coupé limitar a altura a 1,495 metros, a habitabilidade é bastante boa, oferecendo muito espaço para as pernas dos seus ocupantes.
O interior, como seria de esperar apresenta notórias semelhanças com o IONIQ 5. Destaque para as laterais das portas que são novas e completamente diferentes das do seu “irmão mais novo” e que aumentam a sensação de espaço a bordo. Mais uma vez, como é esperado nestes automóveis mais amigos do ambiente, o interior deste IONIQ 6 recorre aos mais variados materiais reciclados
Versão Nacional
Com versões que vão dos 151 cv, aos 325 cv da versão de quatro rodas motrizes equipada com dois motores. O importador nacional optou no entanto por disponibilizar apenas uma versão para o nosso mercado.
Considerando que esta é a versão mais adaptada ao nosso país, veremos chegar no próximo mês de junho, a versão de 168 kW (228 cv) e 350 Nm de binário. Equipada com a bateria de 77,4 KWh, esta versão oferecerá uma autonomia de 614 Km.
A nossa versão nacional também se vê excluída da presença dos tecnológicos retrovisores exteriores digitais, as câmeras serão substituídas pelos tradicionais espelhos retrovisores.
Apostando fortemente na aerodinâmica, a Hyundai espera que o IONIQ 6 se assume como a principal alternativa à referência do mercado — o Tesla Model 3. É certo que o seu estilo é controverso, do género “adora-se ou detesta-se” e a concorrência feroz não lhe vai facilitar a vida. É esperar para ver!
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