A BMW M está de parabéns. Em 2022 celebra o seu 50.º aniversário. Para comemorar o meio século a BMW M decidiu sintetizar os 50 anos de história, criou, ou melhor, recuperou o icónico logótipo da “BMW Motorsport”, apresentou vários modelos exclusivos e mostrou como vai ser o futuro da “letra mais forte do mundo”.

A celebração dos 50 anos da divisão desportiva Motorsport tem preenchido a agenda da marca bávara este ano. Tem sido um verdadeiro desfile de novidades : a derradeira versão do M2 antes da electrificação; a inédita M3 Touring; o radical M4 CSL; a primeira “duas rodas” com tratamento M Performance — a S1000 RR; o primeiro SUV XM e para encerrar o ano em beleza — o exclusivo 3.0 CSL.
O passado
Estamos no início da década de 70, a BMW goza de um boa dinâmica, mas está longe de ser o gigante que é hoje. Cada vez mais forte tem como objetivo alcançar o compatriota Mercedes-Benz e aceder ao cobiçado mercado premuim.

A marca Bávara quer no entanto diferenciar-se do concorrente Mercedes-Benz ao apostar numa maior desportividade da sua gama, explorando assim a sua vocação desportiva.
Decide para isso criar em 1972, o seu departamento desportivo Motorsport GmbH destinado a gerir a política desportiva da marca, mas também, a desenvolver as versões mais radicais do construtor.
O recém-criado departamento Motorsport, mais conhecido por M é então dirigido pelo ex-piloto Joshen Neerpach. Ao qual se juntam cerca de 50 engenheiros que começam a preparar e homologar os veículos de competição nas diversas disciplinas, com especial destaque para o BMW 3.0 CSL.

Apresentado em 1973, o 3.0 CSL ganhou a alcunha de Batmobile e torna-se num dos maiores ícones da BMW M. O crescente êxito junto dos clientes leva ao lançamento do primeiro automóvel desenvolvido de raíz pela BMW M — o M1.

Em 1978, aquando a sua apresentação, o M1 demonstrou a importância cada vez maior que o departamento M ocupa no seio do construtor. O BMW M1 é talvez o mais latino de todos os BMW, para além de ter sido desenhado pelo italiano Giorgetto Giugiaro, este também foi fabricado com recurso a empresas italianas. O sucesso deste desportivo equipado do conhecido motor 6 cilindros BMW em posição central traseira vai inspirar o nascimento da berlina de carácter desportivo M5.

Segue-se em 1986 outro dos modelos emblemáticos — o M3. Que viria a confirmar definitivamente o poder da presença da letra M nos modelos da marca germânica, letra personificada pelo logótipo M acompanhado das listas azul, vermelha e violeta.

O presente
No âmbito da celebração do seu cinquentenário, a BMW M recuperou o seu logótipo histórico e apresentou uma reinterpretação. Este é formado pelo logótipo da BMW que surge rodeado por vários semicírculos de cor azul, azul escuro e vermelho. A grande diferença para o logótipo de 1973 está no tom azul escuro, que antes era violeta.
Quanto às cores, o azul representa a BMW, o vermelho o mundo da competição e o violeta (agora azul escuro) a ligação entre ambos. O novo logótipo estará disponível não só nos modelos da BMW M como nos modelos equipados com o pack M Sport. Além de surgir no capô este logótipo também estará presente na bagageira e nos cubos das rodas.

O “presente de aniversário” da BMW M, foi-nos revelado à alguns dias — o BMW 3.0 CSL, que a marca descreve como o modelo especial mais exclusivo que a empresa já produziu.
Visualmente o novo BMW 3.0 CSL não esconde a inspiração no 3.0 CSL original de 1973, são várias as referências ao seu antepassado, que vão desde a icónica pintura, até à asa traseira digna do “Batmobile” e os guarda-lamas alargados.

O exclusivo BMW 3.0 CSL de 2022 é também o 6 cilindros mais potente alguma vez instalado num BMW M de estrada, com 560 cv. Com uma relação peso/potência de apenas 2,9 kg/cv, o novo 3.0 CSL faz jus ao acrónimo CSL para Coupe Sport Leichtbau (“coupé desportivo leve”).
Com uma produção na maior parte feita à mão, a A BMW M anunciou que vai demorar cerca de três meses a produzir todas as 50 unidades do BMW 3.0 CSL — são precisos 10 dias por unidade. O que se reflete no preço final a rondar os 750 mil euros.

O futuro
Dirk Häcker, responsável pelo desenvolvimento na BMW M, aproveitou a comemoração dos 50 anos da BMW M para revelar o que será o futuro do departamento M. E como não podia deixar de ser, este será eléctrico.

A começar com a apresentação há alguns meses do BMW XM, o primeiro modelo exclusivo da BMW M desde o M1, e não podia ser mais diferente.
Assumindo o «formato da moda», o SUV XM é o primeiro plug-in da divisão M, mas não é tudo. Este “super SUV” alemão é também o mais pesado e será o mais potente de sempre quando chegar o BMW XM Label Red, que contará com potência combinada de 780 cv.

A BMW M confirmou ainda estar a testar um protótipo 100% elétrico com quatro motores que estará na base da próxima geração de desportivos elétricos assinados pela M. Este contará com um sistema de tracção inovador composto por quatro motores elétricos, um em cada roda.
Para o responsável pelo desenvolvimento na BMW M, este novo desenvolvimento permite garantir que o ADN da BMW M continue a ser respeitado num futuro elétrico.
“A eletrificação abre novos níveis de liberdade para criarmos dinâmicas tipicamente M”
Dirk Häcker, responsável pelo desenvolvimento na BMW M
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