Com a apresentação do SUV RZ 450e, a Lexus continua a implementar a sua estratégia eléctrica passo a passo. Sendo este o seu primeiro veículo elétrico com plataforma específica, a Lexus quer assumir-se como precursor ao inaugurar um volante em forma de manche de avião e uma direção inovadora que substitui a tradicional coluna de direção por uma ligação elétrica. Será este o início da condução do futuro?
A Lexus gosta de ser pioneira. O construtor nipónico foi o primeiro entre os “premium” a apostar nos híbridos em 2005. Com uma gama onde 96% das vendas na Europa Ocidental são electrificadas, a Lexus demorou algum tempo para passar aos 100% elétricos, ficando para trás em relação à concorrência. Um atraso assumido pelos líderes da marca, e em particular pelo francês Pascal Ruch, vice-presidente da Lexus Europa: “Esperámos pela eletricidade porque não queríamos estar à frente das necessidades de nossos clientes e queríamos atender às necessidades de nossos consumidores quando a infraestrutura de eletricidade na Europa estivesse madura”.
O que não impede o objetivo fixado pela Lexus em tornar-se uma marca 100% elétrica na Europa, América do Norte e China até 2030, e o primeiro modelo dessa nova era é o Lexus RZ 450e. É o primeiro Lexus desenvolvido de raiz para ser um modelo exclusivamente elétrico e assenta na plataforma e–TNGA, estreada pelo Toyota bZ4x e pelo Subaru Solterra.
O Lexus RZ 450e é um SUV, mais um no mercado, com um design menos tortuoso do que o habitual para a marca premium do grupo Toyota. Em particular na frente com uma face mais suave. Que conta com um capô rebaixado, as entradas de ar foram reduzidas ao «mínimo indispensável», a «grelha» fusiforme passou a ser fechada, como acontece na maioria dos elétricos, e os faróis são particularmente finos, enquanto a traseira destaca-se com um estilo dinâmico, um estilo com ares de Lamborghini Urus com o spoiler dividido e os faróis que se estendem a toda a largura da traseira.
O futuro é agora!
Mas a verdadeira revolução deste RZ 450e está no interior, mais concretamente no seu inovador volante tipo manche de avião, que surge associado ao “One Motion Grip”, um sistema steer-by-wire que o conecta eletricamente às rodas dianteiras.
Este sistema prescinde da tradicional coluna de direção física por uma ligação elétrica. O volante está conectado a um bloco elétrico, ele próprio conectado a outro motor responsável por transmitir o movimento de direção. E para tornar a experiência de condução natural, um feedback de força artificial é gerado no volante, endurecendo a direção, se necessário. Exatamente como nos simuladores e consolas de jogos.
Segundo a Lexus, este sistema oferece um controlo de direção mais preciso e exige menos esforço por parte do condutor. Virar totalmente para a esquerda ou para direita é conseguido com um movimento de apenas 150º.
O futuro sim, mas não obrigatório!
Os mais reticentes podem ficar descansados esta tecnologia muito especial é homologada com um sistema de segurança. E acima de tudo, é uma opção. O RZ 450e também estará disponível com volante normal e direção mecânica clássica.
A juntar a este inovador volante, o RZ 450e conta com um head-up display e um ecrã de 14”. Outras estreias na Lexus são o teto panorâmico de luminosidade regulável e o sistema de aquecimento radiante para o condutor e passageiro que permite uma maior economia de energia.
A única obrigação no RZ 450e será a de escolher o único motor proposto de 313 cv (435 Nm de torque). Ou melhor, os dois blocos elétricos, 204 cv de potência na frente e 109 cv de potência na traseira, alimentados por uma bateria de 71,4 kWh oferecendo um alcance WLTP de pelo menos 400 km. Uma capacidade ligeiramente inferior à da concorrência mas que, segundo a Lexus, deverá ser compensada por uma maior eficiência e consequentemente menor consumo misto.
Com a abertura em Portugal das reservas online marcada para outubro, o novo RZ 450e só verá as primeiras unidades chegarem ao nosso país no início de 2023.
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