Conseguir propor um automóvel ainda mais incrível do que as últimas versões do C4, era um desafio quase intransponível. No entanto em 1997 e após três anos de trabalho a Chevrolet brinda-nos com a quinta geração do Corvette. Dotado de novos motores com potências inéditas, de um novo chassis e de uma estética melhorada, o novo Corvette volta a subir um patamar no que diz respeito ao prazer da condução.

Inicialmente prevista em 1993, a nova geração do Corvette vê a sua renovação adiada. Pois o bom desempenho comercial do C4 e o desejo de satisfazer uma clientela cada vez mais exigente leva os dirigentes da Chevrolet a esperar mais um pouco.
Será finalmente em 1997 que a marca anuncia a chegada da nova geração, como vem sendo habitual este é apresentado no início do ano em Detroit, no principal salão automóvel dos Estados Unidos.

Os designers têm todos os motivos para se orgulhar do seu novo trabalho, o Corvette C5 marca uma ruptura sem no entanto renunciar ao ADN do C3 e do C4 dos quais ele é o descendente. Com mais 8 centímetros de comprimento, a nova geração caracteriza-se por um estilo de linhas mais suaves, mas também musculadas, é como se o novo C5 tivesse passado dias inteiros na sala de musculação.

Apesar disso, o C5 consegue ser 31 quilos mais leve graças ao regresso da utilização da fibra de vidro na carroçaria. Uma das prioridades deste Corvette C5 é o de atualizar as suas prestações e o comportamento em estrada, para isso passa a dispor de um novo chassis ainda mais rígido e o seu coeficiente aerodinâmico é impressionante com um Cx de 0,29. No que diz respeito à repartição das massas, esta é quase perfeita com 51,4% na frente e 48,6% atrás. Este equilíbrio deve-se à utilização do sistema trans-axle que mantém o motor em posição frontal,mas desloca a caixa de velocidades para uma posição central traseira.

Quanto às motorizações, o C5 estreia um motor totalmente novo construído em alumínio. Este “Small Block” de 5700 cm3 de cilindrada com 345 cv vem mostrar que o Corvette não está para brincadeiras face a uma concorrência cada vez mais apertada, com a chegada de novos elementos, tais como o Honda NSX e o Dodge Viper.

De funcionamento discreto este motor que equipa o C5 é bastante eficaz, precisando apenas de 5 segundos para realizar o exercício dos 0 aos 100 Km/h e atingindo uma velocidade máxima de 275 Km/h. Pelo que o C5 não tem nada a temer em termos desportivos, assim como em termos tarifários. Pois é proposto a um preço bastante interessante, se compararmos com o Ferrari F355 que custa mais do dobro.

Muitos de vós já estarão a pensar… mas um Corvette não é um Ferrari. É por esta razão que a Chevrolet vai propor um novo Corvette C5 Coupé de teto fixo, o que já não acontecia desde o C2. Este “super” Corvette possui uma arma secreta – O motor LS6, um “Small Block”de 405 cv. Batizado de Corvette Z06 este está apto a rivalizar com os superdesportivos do momento, tais como, o Porsche 911 Turbo, o Aston Martin DB7 ou ainda o Ferrari 360.

Chique e desportivo
Para os puristas quem diz Corvette diz descapotável. Estes tiveram que esperar um ano após o lançamento do Coupé para ver chegar a versão Cabriolet. O novo descapotável não sacrifica em nada a desportividade. Se o Corvette foi inicialmente um carro desportivo projetado para andar com os cabelos ao vento, este C5 respeita completamente a linhagem.

Tal como tinha acontecido com Corvette C4 há doze anos atrás, será na mítica corrida das 500 Milhas de Indianapolis que o novo C5 Cabriolet será desvendado. Conduzido pelo piloto Parnelli Jones, este C5 será o Pace Car da legendária corrida.

Para comemorar o lançamento a Chevrolet decide propor uma edição limitada, esta é uma réplica do Pace Car utilizado na corrida. À excepção do equipamento próprio para a corrida, o C5 Pace Car Replica de cor violeta e amarela é em tudo idêntico à versão original. Esta edição especial de 1150 unidades, tal como os outros descapotáveis estava equipado do V8 LS1 de 345 cv.

Presentes durante os últimos 43 anos, o C5 seria o último dos Corvette a estar equipado de faróis escamotáveis. Por razões de segurança e pela sua incompatibilidade com as lâmpadas de xénon, estes são abandonados. Com a chegada do novo Corvette C6, o desportivo americano regressa às origens.