Corvette C4 : O resistente

Os anos 80 foram terríveis para o design automóvel, porém a Chevrolet soube abordar esta mudança estilística com inteligência, fazendo com que o Corvette continue a ser um dos mais belos automóveis da sua época. A Chevrolet assume assim a sua vontade de propor o melhor desportivo dos Estados Unidos e de conquistar o mercado europeu.

Lançado oficialmente em 1984, o novo Corvette começou a sair das linhas de produção da recém inaugurada fábrica de Bowling Green um ano antes. Foram construídos 43 unidades destinadas à realização de testes, estudos e fotos. Destes protótipos de pré-série apenas o modelo número 23 sobreviveu, guardado preciosamente no museu nacional Corvette.

Contrariamente ao seu antecessor, o Corvette C4 assume um estilo mais consensual, com linhas mais fluidas. Valendo-lhe a alcunha “sleek”nos Estados Unidos, o C4 mantém o espírito Corvette. Este conserva alguns elementos que caracterizavam o Corvette C3, tais como os faróis dianteiros escamotáveis, ou ainda o tecto amovível.

O tecto amovível deixa no entanto de ser do tipo T-Top, isto é separado em duas partes, para ser agora uma única peça, tal como o Porsche 914. Ao longo dos 12 anos em que esteve em comercialização, o Corvette C4 conhecerá numerosas evoluções técnica graças ao excelente trabalho dos engenheiros que conceberam um chassis capaz de evoluir com o progresso tecnológico.

A aposta da Chevrolet é de propor um automóvel capaz de enfrentar o Porsche 928, considerado um dos melhores GT do momento. Para isso, os engenheiros da Chevrolet vão focar-se na repartição das massas, deslocando o motor numa posição mais recuada.

No capítulo das motorizações e como já vem sendo habitual, mais uma vez estes vão evoluindo regularmente. Se no início, o C4 recupera o motor L83 da geração anterior com apenas 205cv, isto depressa será rectificado com os 230 cv do L98 e mais tarde com o motor LT1 de 300cv.

Também as suspensões foram totalmente revistas, com o ABS e o ESP a fazerem agora parte do equipamento de série, assim como, a nova caixa manual inteligente da ZF de seis velocidades.

O regresso do filho pródigo

Dois anos depois do Coupé surge a versão descapotável. Passados praticamente onze anos depois do último C2 cabriolet, esta versão faz o seu grande regresso. Para apresentar o novo Corvette Cabriolet a Chevrolet aposta grande, o novo C4 descapotável será o “Pace Car” de uma das mais prestigiadas corridas americanas : As 500 Milhas de Indianapolis. Com Chuck Yeager, o primeiro homem a ultrapassar a barreira do som aos seus comandos.

Nada melhor que um automóvel legendário numa corrida legendária para relançar as vendas. E estas são um sucesso.

Corvette Cabriolet com Hard-Top

Com uma orientação mais confortável que desportiva, a Chevrolet não esqueceu os clientes de descapotáveis mais aguerridos, propondo no seu catálogo de opções um hard-top amovível para uma melhor insonorização, tal como na primeira geração.

Com o surgimento do novo motor LT1 em 1992, o Corvette C4 Cabriolet entra no círculo restrito dos descapotáveis com mais 300 cv. É precisamente nesse ano que sai da linhas de montagem o milionésimo Corvette, branco tal como era o primeiro há 39 anos atrás.

O milionésimo Corvette era branco tal como o primeiro.

E assim nasce um superdesportivo!

“O ZR1 é um Corvette… mas não só”. É assim que o engenheiro responsável pelos Corvette define a nova versão. Com o ZR1, a Chevrolet transforma o Corvette num superdesportivo.

Depois de ter adquirido o construtor britânico Lotus, a General Motors conta aproveitar a experiência deste para desenvolver parcerias. A primeira será o desenvolvimento do Opel Omega Lotus no início dos anos 90. O segundo descendente desta ligação anglo-americana será o desenvolvimento do novo motor LT5.

Totalmente construído em alumínio, este é mais eficaz e mais eficiente, com consumos mais comedidos. Desenvolvido com a ajuda da Lotus este também será o único motor multi-válvulas utilizado num Corvette.

Com uma potência anunciada de 375 cv nos EUA e de 383 cv na Europa, os jornalistas da revista Car and Drive classificavam o ZR1 como “um Corvette vindo do inferno”. As prestações do ZR1 igualam e superam alguns dos superdesportivos europeus. Produzido até 1995, será necessário esperar até 2009 para voltar a ver um ZR1 com base no Corvette C6. Mas isto é outra história…

Vive a Tua Paixão!

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