“Light is Right”: A Lotus comemora 70 anos!

Foi em 1952 que um ex-engenheiro da RAF (Royal Air Force) fundou a Lotus Engineering Company. A empresa torna-se conhecida com o modelo Mk VI seguido do eterno Lotus Seven em 1957, que seria o expoente máximo da filosofia da marca: “light is right”. No ano seguinte a empresa entraria na F1, o resto é o sucesso que se sabe. Já lá vão 70 anos.

Colin Chapman tornou-se construtor automóvel de certa forma por obrigação, pois na realidade era o automobilismo que o fascinava. No entanto, cedo percebeu que para financiar a competição e as atividades desportivas teria que produzir e vender automóveis aptos a serem utilizados pelos seus clientes em estrada aberta, o que lhe permitiria aumentar a sua notoriedade.

Se bem que o Lotus Seven é de todos talvez o modelo mais conhecido da marca inglesa, a atividade começou bem mais cedo. Com apenas 20 anos, Colin Chapman construía o seu primeiro automóvel, o Lotus Mk I.

Este derivava diretamente do Austin Seven, ao qual Chapman procedeu a uma série de modificações que lhe permitiriam ganhar algumas corridas locais. Com o dinheiro ganho, Colin Chapman financiou o modelo seguinte, e assim por diante, começavam então as premissas do que seria a Lotus.

A experiência enquanto piloto da Royal Air Force, assim como a que adquiriu na competição automóvel permitiram-lhe forjar a convicção de que “Light is Right”! Para obter um carro competitivo e barato, há que concentrar-se não num grande motor, mas sim na contenção do peso para maximizar as suas prestações.

Ao longo dos anos, Colin Chapman desenvolveria este princípio concedendo uma especial atenção na concepção do chassis. Tanto o Lotus MkIII como o MkIV aprofundaram esta filosofia, que se tornaria na sua imagem de marca.

Perante o sucesso crescente dos seus pequenos “bólides”, Chapman apoiado pela sua companheira fundou em 1952 a Lotus Engineering. Apresentou o Lotus MK VI, e iniciou-se assim no papel de construtor automóvel.

O local escolhido para a instalação da nova empresa seria nos arredores de Londres. A Lotus Engineering iria com o Mk VI pôr em prática as ideias de Chapman em relação à produção de chassis. Este era composto por uma treliça de tubos de metal particularmente rígida, mas acima de tudo particularmente leve, com um peso de apenas 25 kg! No início a Lotus era mais um fabricante de carros em kit pois fornecia separadamente todos os elementos do veículo ao cliente. O chassis é claro, a carroçaria (obviamente em alumínio fabricado na William & Prichard), os vários elementos mecânicos (suspensões, travões) e um conjunto da caixa e do motor de origem Ford (o 1172 cm3 que se encontrava instalado na altura no Ford Anglia) associado a uma caixa de 3 velocidades também de origem Ford. A compra em kit permitia ao comprador de ficar isento de todos os impostos.

Nesse glorioso período inicial, Colin Chapman estava particularmente atento aos pedidos dos seus clientes, que na maioria das vezes conhecia bem por tê-los cruzado em muitas competições. O que explica o fato que muitos Mk VI sejam modelos únicos. Os motores variavam mais uma vez de acordo com o cliente, vindos a maioria da Ford, mas também da MG (Morris Garage). As caixas de velocidades diferem em conformidade (caixa de velocidades MG para os modelos equipados com o motor MG).

Com uma produção de pouco mais de cem unidades entre 1953 e 1956, estas proporcionariam receitas suficientes para financiar o desenvolvimento do Lotus Eleven (que conseguiria terminar as 24 Horas de Le Mans em 7º lugar em 1956) e do Lotus Elite. A enorme satisfação dos seus primeiros clientes demonstrada pelo Mk VI, leva Colin Chapman a continuar por este caminho, dando-lhe uma descendência ainda mais bem sucedida, o Lotus Seven. Lançado em 1957, este seria um contributo importante para que a Lotus seja finalmente uma reconhecida marca automóvel, bem como uma das mais importantes equipas de automobilismo.

Vive a Tua Paixão!