É oficial, o Peugeot 106 é a partir de agora um automóvel de coleção. Pois é ! O tempo passa a correr, o 106 celebra hoje 30 anos e torna-se elegível para o estatuto de automóvel clássico.
O 106 incorporou-se como o veículo entrada de gama do construtor francês, teve ainda direito a versões desportivas cheias de caráter, fazendo dele um youngtimer perfeito.

Quando o Peugeot 106 foi oficialmente apresentado à imprensa em 12 de setembro de 1991, tornou-se o primeiro carro da “geração 6” e pretendia ampliar a oferta do construtor francês no segmento B dos pequenos citadinos, que então representava cerca de 40% dos automóveis matriculados na França. e mais de um terço dos carros na Europa.

O lançamento comercial do Peugeot 106 teve lugar a 12 de setembro de 1991 e foi apresentado à imprensa como “uma esfera de simpatia envolta em sorrisos e vestida com encanto que se sente perfeitamente bem nos seus 3,56 metros de surpresas e espanto. Concebido para ser versátil, esculpido para a cidade e pensado para a estrada, é um concentrado de elegância, de tração dianteira, com motor transversal, nascido do savoir-faire da Peugeot e assentando as suas raízes na tradição da marca”.

Com o seu nome, pode imaginar-se que venha para substituir o 104, que terminou a produção em 1988, mas é o 205 que parece ter encontrado o seu herdeiro, sendo que o 206 só foi comercializado em 1998.
Foi produzido inicialmente em carroçaria de três portas, para mais tarde, em 1992, ser lançada a versão de cinco portas, tendo-se produzido um volume total de quase 2.800.000 unidades até à sua descontinuação, em 2003. O 106 foi produzido, principalmente, em Mulhouse, mas as fábricas de Sochaux e Aulnay-sous-bois foram utilizadas como reforço de produção no auge da procura dos clientes. O Peugeot 106 é um automóvel de tração dianteira, que foi disponibilizado com motores a gasolina de quatro cilindros da família TU, de 954 a 1.587 cm3, e de 1.360 a 1.558 cm3 nos propulsores Diesel.

O Peugeot 106 é certamente um dos automóveis da marca do leão que propôs o maior número de Séries Especiais, cerca de 20 ao longo dos doze anos em que o modelo esteve em comercialização. As mais emblemáticas são as muito atrativas versões “Roland Garros” e “Zenith”, apresentadas em 1993, os famosos 106 Kid de 1994, com os seus bancos forrados a ganga, o divertido 106 Cartoon, promovido pelo Droopy de 1996 a 1999, o elegante “Inès de la Fressange”, de 1997, ou o “Enfant Terrible” comercializado em 2000.

O modelo distinguiu-se, também, por versões desportivas como o 106 Rallye de 1993, o 106 XSI com 95 cv (1992) e 105 cv (1995), bem como pelo 106 S16 com 120 cv (1996), naquele que foi o seu último ano de comercialização. Teve, igualmente, uma boa carreira desportiva através da Peugeot Sport no Grupo N dos ralis. Em 1997 seria desvendado o 106 Maxi, inspirado no 306 Maxi, modelo desenvolvido e conduzido por Lionel Montagne a partir de 1998, tendo também sido conduzido por Cédric Robert em 2000, vindo a terminar na 5ª posição do Campeonato de França de Ralis.

A marca do leão foi precursora do automóvel elétrico através do VLV, apresentado em 1941, foi-o também com o 106, que se tornou no seu segundo modelo elétrico, e que manteve o recorde mundial de vendas de VE até 2010. A versão elétrica do 106 vendeu cerca de 3.550 unidades e destinava-se tanto a clientes particulares como a frotas.
O Peugeot 106 teve, ainda campanhas publicitárias emblemáticas baseadas, essencialmente, no humor com o famoso: “O senhor está pronto a fazer tudo para pedir emprestado o carro da sua mulher”.

Para recordar o Peugeot 106, o Musée de l’Aventure PEUGEOT, em Sochaux, dedica-lhe uma exposição, que estará patente até ao final de 2021. Estão expostos oito exemplares para este aniversário: 106 Rallye (versão italiana) de 1994, 106 XSI de 1992, 106 Signature de 1995, 106 S16 de 1997, 106 Enfant Terrible de 2002, 106 Electric de 1996, 106 Maxi de 1997 e um protótipo do 106 Cabriolet de 1992.
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