Toyota Mirai – De Patinho Feio a Príncipe Encantado!

Em 1997, o Toyota Prius deu início à «era da eletrificação» do automóvel. Poucos acreditavam que o futuro do automóvel passava pela eletrificação, mas a Toyota persistiu mesmo perdendo dinheiro. Volvidos mais de 20 anos, já todos conhecemos a história e esta pode voltar a repetir-se com o hidrogénio e o Toyota Mirai.

A eletrificação Automóvel está na ordem do dia, 2020 é a década dos automóveis eléctricos, mas em 2030 poderemos vir a falar de automóveis a hidrogénio. E alguns construtores não perderam tempo, que o diga a Toyota um dos primeiros a acreditar nesta tecnologia. Apresentou à pouco a segunda geração do seu primeiro modelo movido a hidrogénio – o Toyota Mirai.

Apresentada em 2014, a primeira geração do Toyota Mirai era por muitos considerado o automóvel mais feio do mundo, era um enigma para qualquer entusiasta automóvel, como é que a Toyota pôde fazer isto. Segundo os responsáveis da marca nipónica, o objetivo era mostrar uma nova tecnologia, pelo que o seu estilo deveria ser atípico para dar nas vistas. Se este era o objetivo, então pode dizer-se que foi conseguido.

Mas agora tudo mudou com esta nova geração, agora o objetivo é vender. É o fim das formas tortuosas da anterior geração para assumir um estilo muito mais consensual.

Mas o Que é Um Automóvel a Hidrogénio ?

Antes de mais o que é um carro a hidrogénio? Ou se preferirem um carro elétrico com célula de combustível (Fuel Cell). O Toyota Mirai é um automóvel elétrico com um motor a “electrões” instalado sobre o eixo traseiro, mas em vez de ter 500 quilos de baterias como num Tesla, este possui sob o capô uma central elétrica movida a hidrogénio. O Mirai é assim capaz de produzir a própria energia que consome, expelindo apenas vapor de água pelo escape.

O novo Mirai assenta na plataforma modular TNGA utilizada também no Lexus LS, que lhe permite um ligeiro acréscimo nas suas dimensões. Mais comprido (4,975 m), 70 mm mais largo (1,885 m), 65 mm mais baixo (1,470 m) e a distância entre eixos cresceu 140 mm (2,920 m). As proporções do Mirai são típicas de uma grande berlina de tração traseira tornando-se sofisticado e elegante.

Graças a esta plataforma o Toyota Mirai possui um centro de gravidade mais baixo e uma maior rigidez à torção, prometendo assim mais agilidade e uma condução dinâmica capaz de colocar um sorriso na face do condutor.

Autonomia

No que diz respeito ao motor, este recebeu um incremento de potencia de 12%, passando agora a contar com 182 cv (134 KW)e 300Nm de binário. Para armazenar o hidrogénio, o novo Mirai possui três tanques. Dois sob o habitáculo e um atrás do eixo traseiro, o que lhe permite atingir uma autonomia de 650 quilómetros.

Apesar de ainda não existir em Portugal postos de abastecimento de hidrogénio, o novo Toyota Mirai vai ser comercializado em Portugal, o que não aconteceu com a primeira geração. Segundo os responsáveis da Salvador Caetano – o importador da Toyota em Portugal, a chegada do Toyota Mirai ao nosso país está prevista já este ano.

 Importa recordar que no capítulo da mobilidade a hidrogénio, a Salvador Caetano está presente em várias frentes. Não só através do Toyota Mirai, mas também através da Caetano Bus que está a desenvolver um autocarro também movido a hidrogénio. É neste particular, que a Salvador Caetano vai adiantar-se à iniciativa pública. O importador nacional da Toyota, através da Caetano Bus, vai implementar um posto de carregamento de hidrogénio próprio. Este estará localizado em Vila Nova de Gaia, estando ainda previsto outro em Lisboa.

Esta é de momento a principal desvantagem do Mirai. É um automóvel eficaz, confortável, performante, elétrico sem a angustia da recarga da bateria, mas com a angustia de encontrar onde abastecer. O Mirai deixou de ser um protótipo futurista para se transformar num modelo terminado e desejável,que aguarda apenas a multiplicação dos postos de abastecimentos para provar a sua pertinência.

Vive a Tua Paixão!