Independentemente da época que se atravesse, o Mazda MX-5 continua a ser um gerador de emoções por todo o planeta. Numa altura em que o mundo continua a enfrentar uma pandemia à escala global, o roadster mais vendido do mundo mantém esse seu invejável estatuto, acumulando vendas nos mais diversos mercados, Portugal incluído.

Foi a 9 de Fevereiro de 1989, no Salão Automóvel de Chicago, que o mundo, muito em especial o sector automóvel, se viu surpreendido com o Mazda MX-5 original, isto numa altura em que o mercado dos roadsters de dois lugares estava já deveras moribundo. Só que a Mazda viria a provar o contrário, demonstrando-o com um sucesso hoje quase do tipo case-study, comprovado pelo actual volume de produção que ascende já às 1.150.352 unidades, todas elas saídas da fábrica de Ujina, em Hiroshima (Japão).

Cumpridos que estão 32 anos desde a data em que a marca de Hiroshima iniciou essa longa viagem, uma história com múltiplas conquistas alcançadas pelas suas já 4 gerações, “NA”, “NB”, “NC” e a “ND”, versão actualmente em comercialização.
Em produção de 1989 a 1998, o “NA” totalizou 431.506 unidades, naquele que é uma espécie de “recorde familiar”. A geração que mais se lhe aproxima é a segunda, com 290.123 exemplares, um “NB” mostrado no Salão de Tóquio de 1997 e vendido a partir de Janeiro de 1998, ao longo de 7 anos. No Salão de Genebra de 2005 esteve exposto o MX-5 “NC”, chegando ao mercado em Agosto e somando 231.632 unidades, produzidas ao longo de quase 11 anos, incluindo duas actualizações de relevância e integrando uma primeira versão de tejadilho rígido eléctrico, denominada Roadster Coupé.

Quanto à mais recente versão do MX-5 “ND” esta foi desvendada nos EUA, em Setembro em 2014, uma quarta geração que chegou aos mercados menos de um ano e que começou por dar continuidade ao popular formato soft-top, para, a partir de Janeiro de 2017, se lhe juntar o novo MX-5 RF (Retractable Fastback), reinterpretação do formato de capota rígida eléctrica. Ascendem a 197.091 os MX-5 e MX-5 RF “ND” produzidos até final de Maio último.

Conhecida a apetência dos norte-americanos por este tipo de automóvel não é de estranhar o mercado da América do Norte absorva quase 50% das vendas a nível mundial ( 45% para ser mais exacto), seguindo-se o muito concorrencial mercado europeu (33%) e o interno japonês (18%), onde o MX-5 também já foi vendido como Roadster e Eunos. Igualmente popular na Austrália e na China com valores acumulados de 2% e 0,2% respectivamente do total de vendas.

Uma proposta emocional no meio das variantes mais racionais
Proposta de excelência no seio da gama de modelos Mazda, o MX-5 cativa quem por ele passa, levando a que muitos clientes coloquem a emoção e o coração acima da razão ou da lógica de compra, levando-os a adquirir um ícone repleto de essência e prazer de condução, dois elementos indissociáveis do ADN da Mazda.

Entre os múltiplos resultados alcançados, destacam-se uns quantos em Portugal, um deles particularmente actual e relacionado com a difícil época que atravessamos: o MX-5 foi o segundo modelo Mazda preferido dos portugueses em ambos os períodos de pós-confinamento, para surpresa da Mazda Portugal.
Em termos de preferências de carroçaria do cliente nacional, a maior fatia de volume centra-se, naturalmente,nas versões soft-top, que são transversais a todas as gerações. Na geração “NC”, para além dessa versão de capota de lona, existiu outra denominada Roadster Coupé, opção rígida que completou a respectiva gama, antecipando o lançamento do MX-5 RF, esta já na geração “ND”.

Assim, considerando apenas a actual geração “ND”, regista-se, desde o seu lançamento no nosso país, um volume de 1.240 unidades vendidas, tendo 799 dos clientes preferido o MX-5 soft-top (64,4%) e 441 optado pelo MX-5 RF (35,6%).

De acordo com as estatísticas da Mazda Motor de Portugal – nota: volumes ao final de Junho de 2021 –contabilizam-se 3.923 unidades matriculadas entre o lançamento oficial do Mazda MX-5 no já longínquo ano de 1990, número que, considerando outros exemplares que tenham chegado ao nosso país por importação de outros mercados, nomeadamente na vertente de usados, poderá ver-se algo acrescido de mais umas quantas centenas. Recorde-se que muitos deles reúnem-se, com regularidade, nos vários encontros organizados pelo ativo Club MX-5 Portugal, ainda que, por questões de logística, nunca nessa ordem de grandeza tão significativa.
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