O verão está aí, quem nunca sonhou de um automóvel simpático para desfrutar dos dias solarengos à beira-mar. Este verão aqui no ‘Mundo Sobre Rodas’ temos passado em revista alguns dos modelos mais conhecidos da categoria dos automóveis de praia, mas faltava-nos falar daquele que foi o percursor – o Fiat Jolly, o eterno representante da dolce vita.

Popularizada por veículos como o Citroën Méhari, ou o Mini Moke, a categoria dos automóveis de praia é antes de mais uma criação italiana. Nascido nos finais dos anos 50, diz a lenda que o primeiro Fiat Jolly foi uma encomenda pessoal do então patrão da Fiat, Gianni Agnelli ao carroçador Ghia. ‘L’avvocato’ queria um pequeno cabriolet, para as suas deslocações quotidianas durante as férias, entre a sua villa na Riviera Francesa e o seu iate ancorado no porto de recreio.

O conceito italiano era bem diferente da concorrência, que à partida eram veículos militares ou utilitários. O Fiat Jolly por seu lado foi definido desde a origem como automóvel de lazer. A partir de um veículo de série, no caso do Fiat Jolly os modelos que lhe serviram de base eram o Fiat 500 e 600, retira-se-lhe o teto para substituí-lo por uma espécie de toldo ou guarda sol como queiram chamar-lhe, modifica-se o interior colocando-lhe uns bancos feitos de vime, e acaba-se pintando a máquina de cores aciduladas evocadoras do verão.
O resultado final é um automóvel com um charme inegável.

Apesar da sua pequena dimensão e da sua motorização modesta, o Fiat Jolly estava destinado a uma rica clientela, e em pouco tempo tornou-se no veículo preferido do jet-set internacional para as suas férias.
Aristote Onassis possuiu três, atores como John Wayne, Yul Brynner e Grace Kelly utilizavam regularmente os seus Fiat Jolly, que eram faturados o dobro de um Fiat 500 normal que lhe servia de base. Exportado para os Estados Unidos, 32 Fiat Jolly foram utilizados na ilha de Catalina ao largo da costa de Los Angeles como táxi entre 1958 e 1962.

Redescoberto pelos colecionadores mundiais, o Fiat Jolly viu a sua cotação subir em flecha. Produzido entre 400 e 700 unidades, apenas uma centena de Fiat Jolly terá sobrevivido.


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