Henri Chapron, conhecido especialista Citroën realizou transformações no Citroën DS para todos os gostos, desde cabriolets, coupés e limousines. O lançamento do novo SM em 1970, permite-lhe alimentar a esperança de renovar a relação privilegiada com a marca.
Após a apresentação do SM Mylord e das duas limousines especiais encomendadas pela presidência da república francesa, a empresa de Henri Chapron ganha uma nova vitalidade. Porque não aproveitar todo o trabalho realizado pelos engenheiros para estes projetos e lançar-se agora na realização de um modelo de prestígio, uma grande berlina que tanta falta faz à Citroën.
É em outubro de 1972, que o Citroën SM Opéra é apresentado ao público. Com as sua linhas elegantes e o seu motor Maserati de 178 cv, o Citroën SM na sua versão injeção é uma excelente base para este projeto. E o resultado final é majestoso, os designers de Henri Chapron fizeram de fato um bom trabalho, o seu perfil é equilibrado e faz do Sm Opéra um topo de gama imponente em que se pode viajar a mais de 200 Km/h num conforto absoluto, pena que não se tenha vendido como esperado.
É caso para dizer-se que o Citroën SM, assim como as versões propostas por Henri Chapron devem ter sido vítimas de uma maldição. Pois apesar de mais uma vez ter satisfeito o público e a comunicação social presente no salão, o Citroën SM Opera acabou por não encontrar a clientela desejada.
A sua realização é manual pelo que torna o custo de produção elevado e claro está, isso vai inflacionar o seu preço de venda em relação à concorrência. O que em conjunto com o seu lançamento feito em plena crise energética vieram limitar as suas possibilidades de sucesso.
E como se costuma dizer, não há duas sem três. A falência da Citroën e a sua posterior compra pela Peugeot em 1974, ditou a morte do Citroën SM e dos seus derivados para deixar o caminho livre ao Peugeot 604.

Henri Chapron vai construir até 1975 um total de 8 Citroën SM Opera, o que o torna em conjunto com o SM Mylord em autênticas raridades.
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