Este verão no Pebble Beach Concours d’Elegance, nos Estados Unidos da América, a Bugatti apresentou o Centodieci, ou cento e dez em italiano. Uma dupla homenagem aos 110 anos da marca e ao Bugatti EB110.
Este é um ano especial para a Bugatti, a marca de super desportivos do grupo Volkswagen, pois comemora os seus 110 anos de existência e brindou-nos com um modelo especial.
Bem na verdade não foi um mas sim dois, pois no Salão de Genebra já tinha apresentado La Voiture Noire, um exemplar único, com o preço de 11 milhões de euros. É nada mais nada menos o automóvel novo mais caro do mundo.
La Voiture Noire pretende ser uma inspiração do Type 57 SC Atlantic. Parece-se mais a um Bugatti Divo com algumas modificações, em especial na traseira, onde aí sim relembra o seu antepassado. Utilizando o chassis do Chiron e o espetacular motor W16 de 1500cv da marca, este automóvel provocou uma enorme especulação sobre quem seria o feliz proprietário, que quis manter o anonimato. Falou-se de Ronaldo ou ainda de Ferdinand Piëch, o ex-patrão da Volkswagen recentemente falecido.
Centodieci, como 110
Evocando de novo a sua história, a Bugatti apresenta em Pebble Beach o Bugatti Centodieci, uma nova série especial e limitada a 10 unidades com um preço a condizer de oito milhões de euros. Desta vez, o período recordado é o renascimento da marca nos anos noventa, pelas mãos de Romano Artioli com o Bugatti EB110.
O Centodieci volta a utilizar o chassis e o motor do Chiron. Desta vez o motor W16 vê a sua potência subir para os 1600cv às 7000 rpm, atinge os 0 aos 100Km/h em 2,4s, para este tipo de automóvel é mais lógico falar dos 0 aos 300Km/h, que este menino faz em apenas 13,1s. Apostando mais na agilidade do que na velocidade pura, a velocidade máxima é limitada eletronicamente aos 380 Km/h.

Com um design inédito, o Centodieci apresenta vários pontos comuns com o EB110. O destaque vai para as linhas mais angulosas da carroçaria, apesar das contrariedades aerodinâmicas e térmicas para encaixar o enorme motor W16. O perfil é um excelente exemplo disso, em que abandona o habitual arco em C dos últimos modelos da marca, para optar pelas linhas rectilíneas usadas no EB110.
Stephan Winkelmann
Com a chegada de Stephan Winkelmann há pouco mais de dois anos à Bugatti, este impôs um ritmo até agora inexistente na marca. Com o lançamento de sucessivas séries especiais e limitadas, a um preço de venda superior e logo margens de rentabilidade elevadas. Uma receita já utilizada quando estava à frente da Lamborghini, que lhe trouxeram resultados bastante positivos e propulsaram a marca italiana para o sucesso.
Ainda não acabei este Post, e já se fala numa nova variante do Chiron – o Chiron Super Sport 300+. Uma série limitada a 30 unidades com base no protótipo que ainda a alguns dias bateu o recorde de velocidade, sendo o primeiro a ultrapassar as 300 mph ( 304.77 mph ou 490,48 Km/h ). Decididamente a Bugatti não pára.